sábado, 19 de novembro de 2011

Lógicas...



Ambiguidades. Duche quente, entre aromas meramente quiméricos, lágrimas mudas, cheiinhas de todas as palavras que nunca se dirão. Nunca! O turco, imaculado, branco, à espera de vestir a pele nua e húmida. A emoção a ditar sentimentos. Desejos. Utopia.
A razão, fora da porta do vapor, da nuvem artificial. O sorriso, nos lábios dos olhos tristes, que não se contemplam. Melhor assim. Opções. Lógicas. O caminho formatado. Acomodado. Fácil. Ou quase fácil. Peças de roupa domesticadas. Comuns. A toalha de linho na mesa. As velas de cores e o cheiro de incenso. O frio da escolha óbvia.
O outro lado do desvio. Novamente a emoção. Ou não. Não uma emoção pura mas racionalizada pela aprendizagem de um comportamento operante. O vício de misturar os sentidos. O abrigo feito de abraços. O livro escrito para dois amantes. Ambos com a razão do capitulo que um dia se escreverá. A estante está cheia de livros assim! Pelo menos a estante dos livros dela! Difícil a razão da emoção. Nada de filosofias que ninguém entende. Simples, aquela que se faz e não a que se pensa. Ambiguidades tão bem interpretadas e tão bem entendidas. Por dois. Ou apenas por um.
Por ambos, os que vestem o turco puro de branco imaculado, num quotidiano de velas de cores diferentes. Os sorrisos lá também são diferentes. Este, perto da estante dos livros, está disfarçado com o fuminho suave e fino do incenso retirado da caixinha que diz: « harmonia e paz!» E o de lá? De que caixinha sairá?!

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