terça-feira, 9 de agosto de 2011

Quanto custa o Amor?



Quanto custa o Amor?! Pensava ela que era gratuito! Não se comprava nem se vendia. Nem sequer se dava! Amava-se e pronto! Não havia nem cara nem coroa. Não havia moeda de troca. Trocavam-se gratuitamente os dois! Trocavam sons de roupas despidas, trocavam a pele molhada no mesmo banho, moldavam-se dois num só lençol branco! Não custava nada! Ela encaixava-se no colo dele no banco do carro, cabia perfeitamente no seu abraço! As mãos de tamanhos diferentes davam-se no mesmo molde e a sintonia da música dos dois eram tão perfeita, que o mar se calava emudecido de tesão! Quanto custa o Amor?
Olhou-se na sombra e então percebeu! Abriu a palma da mão e viu a moeda! Incompleta!
Gritou desesperada: - cara ou coroa!
Só um rosto! O seu! Do outro lado, vazia a moeda! Sem coroa! Fugida algures nas coroas das rainhas flores! Por isso impossível pagar o custo do Amor! Imperfeita como a moeda na palma da sua mão! Não chegava o mesmo lençol branco, nem a água tépida do mesmo banho, nem o som das roupas despidas nem sequer o silêncio do mar emudecido de tesão dos dois!
Quanto custa o Amor?
Um preço inqualificável na desventura da verdade, que uma moeda incompleta e imperfeita jamais poderá suportar!

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